Mais uma vez Paulo Maluf conseguiu vencer nos tribunais. A impunidade se perpetua com a deficiência das leis criadas pelos próprios parlamentares e ratificadas pelo Judiciário na sua instância maior que é o Tribunal Superior Eleitoral.
Maluf havia sido enquadrado na Lei da Ficha Limpa pela prática de improbidade administrativa – caso dos frangos quando era prefeito de SP – Mesmo assim o TSE, através do “filósofo ministro” Marco Aurélio Mello, ignorou a vida pregressa do político que é o ícone das maracutaias da política nacional, talvez só superado pelo antigo e falecido Ademar de Barros.
Não vai longe o tempo que vimos o deputado Maluf e seu querido filho em cana, acusado de vários crimes, inclusive de manter uma milionária conta ilegal no exterior, no entanto, as nossas leis envergam de acordo com a conta bancária dos réus.
A corte suprema da justiça eleitoral que é o TSE deveria se pautar pela frase que era citada no tempo do imperador Júlio César a respeito de sua esposa Pompéia: “Não é suficiente que a mulher de César seja honesta, é necessário que dela ninguém duvide”
Assim os políticos que representam a população de uma nação deveriam ter uma conduta ilibada, um passado transparente e ético, algo que nosso TSE ignora.
Por outro lado, o povo que tanto deplora a classe política por esses mesmos motivos, acaba por votar nesses meliantes, ou mesmo em figuras deploráveis e exóticas como os tiriricas da vida.
A democracia seria um regime perfeito não fora a ignorância do povo e a submissão dos poderes ante o poder econômico de políticos, mesmo que acumulado pela corrupção. Quase 500 mil paulistas votaram em Maluf na última eleição. Mais de um milhão votaram no analfabeto Tiririca só para ficar nestes dois exemplos. Felizmente o Fernandinho Beira-Mar não se candidatou...
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