Todas as redes
de notícias do Brasil noticiaram com muita riqueza a morte de Nelson Mandela e
com merecido reconhecimento.
Olvidaram,
no entanto, o motivo pelo qual esse homem foi confinado por 27 anos em uma
prisão, acusado de terrorista, revolucionário e outros epítetos usados pelos
dominadores. A imprensa relata as lutas, os sonhos de Mandela, mas esconde os
seus algozes.
A África do
Sul foi “descoberta”, na verdade invadida, pelos holandeses em 1488, mas
posteriormente houve a dominação inglesa que impôs um regime militar. Inúmeras
contentas e guerras estabelecem até que
no começo do século XX, os ingleses eram soberanos e instituíram o
regime de apartheid, segregação racial.
Impôs a Lei
da Terra (Natives Land Act), em 1913. Os negros ficaram de posse de 7,5% das
terras e os brancos com 92,5%, embora estes representavam apenas um quinto da população
do país, sendo que os mestiços não tinham direito algum.
Havia ainda
restrição quando ao direito de ir e vir. Os negros e mestiços só podiam viver
fora de suas áreas quando empregados dos brancos.
Os ingleses,
a partir do século XV, das grandes descobertas e colonizações, não se
interessavam por manter colônias e sim domínios de ilhas estratégicas nos oceanos
para facilitar o tráfego de suas embarcações. No entanto, na África do Sul foram
encontradas inúmeras minas de diamantes e outros metais preciosos. Assim os
olhos dos ingleses se voltaram para estabelecer o domínio do país, submeter os
negros à escravidão e segregá-los, além dos embates e guerra onde pereceram
milhares de almas.
A rebeldia
de Mandela e dos seus companheiros permitiu a independência, a liberdade e a
igualdade racial, mas não apagou o satanismo de seus algozes, justamente isto
que a imprensa se cala.