quinta-feira, 11 de outubro de 2007

CHEIRO DE FRITURA NO SENADO


Foto roubada do blog Reblogando
É possível sentir o odor de fritura no Senado Federal. O senador Renan ficou encurralado, eis que até as bancadas do PT e do PMDB de que ele é filiado, estão barganhando a cabeça dele pela aprovação da prorrogação do CPMF, (aquela taxa provisória relativa à movimentação bancária, criada no governo FHC, que se tornou "provisória-definitiva").
.
Na última terça-feira, mais uma bomba. O Re Anão foi acusado de mandar espionar 2 senadores goiânos que lhe fazem oposição. O pau quebrou no plenário e ficou claro que ele está frito. Discursos vêementes de ex-aliados como Suplicy e Mercadante, pedindo sua renúncia, deixaram o senador alagoado no "paredon". Entre quase 40 bilhões de Reais anuais e Renan, o governo não titubeou, forneceu até os espetos para o churrasco.
.
Os governistas vinham mantendo um discurso da necessidade do CPMF, enfocando sempre que a taxa é baixa, (0,38%), no entanto, representa entre 20 a 25% dos 200 bilhões de impostos anuais, que vão para os cofres da Nação. Vale lembrar que os portuguêses, durante o período colonial, cobravam um quinto do ouro explorado no Brasil, ou seja, 20%, o que valeu a frustrada Inconfidência Mineira e a cabeça de Tiradentes. Parece-me que a história se repete: agora é a cabeça do alagoano, se bem que entre o ingênuo herói mineiro e o esperto garanhão das Alagoas, há poços de caldas considerável. Ou seria a Serra da Mantiqueira? A Bela deve saber.
.
O sábio concluiu: Tiradentes foi enforcado pela sua ingenuidade, não usou bem a cabeça de cima e Renan não usou bem a cabeça de baixo.