quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

LIBERALISMO - Capitalismo

Adam Smith - o "Pai da Economia Moderna"
Como anunciei, passo a fazer breve comentário sobre as ideologias que ainda carecem de uma compreensão mais didática, simples e que ainda influenciam as nações.

O LIBERALISMO é a ideologia do capitalismo, nascida do movimento Iluminista que entre outras abrangências, foi a base da Revolução Francesa que mudou a cara do mundo. Em outras palavras: foi a derrubada dos antigos regimes absolutistas (reis) e a ascensão ao poder político e econômico da burguesia, que à época eram os comerciantes. A palavra burguesia tem sua origem no alemão Burgo, cidade, ou seja, o habitante da cidade, visto que naqueles tempos 90% da população vivia no campo.
A premissa do capitalismo é a economia livre, desvinculada totalmente do Estado. Baseia-se na economia de mercados, ou seja, na livre concorrência, na lei da oferta e da procura. A iniciativa privada no comando do sistema econômico-financeiro.
Os precursores do liberalismo em sua maioria tinham uma noção humanista. Visavam o bem estar da sociedade pelo crescimento da produção, preços das mercadorias mais baixos e assalariados bem mais remunerados.

Vantagens do Capitalismo: Pela livre concorrência os preços de mercado tendem a cair além de provocar o aperfeiçoamento dos produtos, também como fator de concorrência. Em resumo: se um produto tem o preço mais baixo e de melhor qualidade terá sucesso. Outro fator é o incentivo às pesquisas para inovações e aperfeiçoamentos da produção. (Vide o caso dos celulares, por exemplo). Isto vai provocar também uma evolução na área da educação, principalmente nas universidades. Em termos econômicos, o capitalismo provoca a acumulação de capital que vai resultar em reservas governamentais, como é o caso da poupança, para dar um só exemplo. O Capitalismo se sustenta pela acumulação.

Desvantagens: O principal ponto negativo do capitalismo é justamente, a tal ACUMULAÇÃO, por mais paradoxal que pareça. Na prática, a competição de mercado, aliada aos interesses privados de grupos ou pessoas, provoca a má distribuição de renda. Ou seja: o rico tem condições de acumular. Ocorre a concentração de renda. Levando-se em conta que o dinheiro não nasce das árvores, é fácil entender que enquanto uns poucos acumulam a grande maioria se descapitaliza.
Essa riqueza nas poucas mãos dos que detém os meios de produção, gera uma espécie de poder paralelo aos governos instituídos, eis que o sistema econômico e financeiro das nações ficam em poder da iniciativa privada, que além disso, influi nas eleições, na condução dos cargos políticos, resultando então o domínio do poder político. Em resumo é a PLUTOCRACIA que nada tem a ver com o Pluto do Disney e sim com um sistema de governo exercido pelo grupo mais rico.
O poderio econômico, resultante do domínio dos mercados gera a face mais perversa do capitalismo, que é a manipulação dos meios de comunicação. Ou são seus proprietários ou fortíssimos patrocinadores. Através da mídia, forma-se opiniões, influencia-se o sistema educacional, a cultura e eleições políticas.

Levando-se em conta que tudo que é comercializado ou fabricado é fruto da PRODUÇÂO e que ela só existe por dois fatores: capital e trabalho, como fica este último? É isto que veremos no próximo capitulo.