quinta-feira, 22 de maio de 2008

O FUTURO CÁRCERE DA HUMANIDADE

Cutuca no vídeo ali à direita e veja se eu deliro ou se é verdade...>>>

Você que é jovem viva o presente, pois o futuro... não sei não...
Em nome de preservar o ambiente, de salvar-se das feras humanas, de conseguir locomover-se, está se criando uma sociedade atropelada pelo próprio homem.
Felizes os tempos que era comum fumar em qualquer lugar. Os espaços eram generosos, os prédios, restaurantes, bares acolhiam a todos, fumantes ou não. Não era necessário reservados para uns e para outros. Atualmente o fumante pego em flagrante pode ser multado em quase R$ 600,00 e ainda passar o vexame de ser expulso do recinto. Mudou o conceito? Não, o que mudou foi a aglomeração. As cidades incham-se, as filas multiplicam-se os espaços são ocupados.
Felizes os tempos em que tínhamos apenas medo de apanhar uma gonorréia. Se pegássemos bastava uma injeção e pronto, o zezínho estava apto para outra investida. Agora é preciso usar uma pele de estepe chamada camisinha. É como chupar balinha ainda envolvida no papel. Dias passados um jovem me perguntou como fazíamos sexo "nos antigamentes", que cuidado tínhamos. Eu respondi que, quando usávamos algo diferente, era uma vaselina para facilitar o "ataque", no sentido do herói não se machucar.
O trânsito fluia ao sabor dos ventos e o sentido do direito de ir e vir nem constava na constituição brasileira.
Depois de séculos de civilização, o ser humano, para se locomover, precisa ser tatu: viajar em buracos ou uma ave, nos modernos helicópteros. Assim vamos perdendo nossa condição de bípede sem penas.
A concentração humana vai se fixando nas cidades. As pequenas tornam-se maiores, as grandes um hospício. Palmas para as grandes empresas que podem aumentar o seu faturamento em áreas concentradas economizando fretes e facilitando a massificação de suas marcas.
Como mecanismo de defesa e a preservação da espécie, os humanóides abrem ilhas dentro do cáos urbano. Assim emergem os shoppings, substituindo as antigas pracinhas das igrejas onde a "furiosa" atacava com aquelas marchinhas e o pessoal circulava paquerando sob a abóbada celeste, pontificada por miríades de estrelas...
O número de autos mutiplicam-se como a febre amarela dos tempos idos. Os cadillacs viram fuscas, os fuscas motos, as motos lambretas e o próximo passo é o patinete.
Os coletivos são latas de sardinha. O encoxamento é geral, tanto se encoxa como se é encoxado. Virou suruba! O pior é que não há espaço para o "zezinho" se manifestar.
Até a metade do século passado, 2/3 da população brasileira vivia no campo. Hoje inverteu-se, esse porcentual vive na cidade. E no futuro? talvez apenas 5% esteja na zona rural.
O homem foi absorvido pelo concreto e asfalto (que por sinal é cancerígeno). Uma bela gaiola!
Se, porém, vc é um coroa ou uma, tudo bem, já usou glostora ou esborrifou laquê nos cabelos, tomou grapete e assistiu o Batermasterson, você pode morrer em paz, pois já viveu os dois lados da moeda.
Hoje a pane, em um trem no subúrbio de SP, levou dezenas de milhares de pessoas a peregrinar pelos trilhos. Foi um bom treinamento para o futuro...


O sábio quando visitou um amigo, perguntado o que achava do apartamento respondeu: é bonzinho, mas me aperta um pouco nas costas...