domingo, 27 de abril de 2008

DE CAPRI, O HERÓI DOS ARES


O Padre baloneiro tinha mesmo que ir
Como não era nenhum astro Leonardo
Nem Pepino de Capri, somente Adelir
Tentou se livrar desse mal pesado fardo

Do destino de permanecer ignorado
De só rezar missa todo santo dia
De seu porte um bocado estragado
Da mesma rotina da santa liturgia

Assim para aparecer no Fantástico
Amarrou-se a mil balões de borracha
Inúmeros cordões e fios de plástico
Capacete de moto, colete e bombacha

Coisa de espantar até ET de Varginha
Telefone celular com carga pouca
GPS que dele nem sabia uma linha
Subiu então numa empreitada louca

Ao invés de descer na cidade determinada
Aquela que havia por ano a fio planejado
Foi ter com tubarões com fome acelerada
O padre foi comido nos balões amarrado

Assim no céu chegou todo fantasiado.
São Pedro vendo aquela cena ridícula
Decretou, de pronto, um longo feriado
Filmou o padre pra fazer uma película

O nome do filme, não poderia ser diferente
Foi legendado como: E O VENTO LEVOU...
Assim Adelir de Capri, o padre boa gente,
A glória e a fama, finalmente ele encontrou !

Na terra ficaram fieis com muita saudade
Desse padre beato um tanto sem juízo
Quem não gostou foi o Lula, que maldade!
Na busca mais meio milhão de prejuízo!!!