sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O IMPÉRIO BABILÔNICO DO TIO SAM

O povo da Bíblia é especialista em impérios. Numa dessas passagens Daniel, na Babilônia, interpretou o sonho imperialista do rei Nabucodonosor. Ele viu uma estátua imensa e de extraordinário esplendor. Era o símbolo de todos os impérios. A cabeça era de fino ouro, o peito e os braços de prata, o ventre e os quadris, de bronze, as pernas de ferro. Daniel não se deixou fascinar por toda esta demonstração de força, de riqueza e de poder. Apurou a visão e enxergou os pés de barro! Mais: Daniel não ficou olhando só a estátua, abriu a visão para enxergar o que estava ao redor e viu uma pedrinha que rolava ladeira abaixo e que golpeava, justamente, os pés de barro. A estátua toda veio abaixo, não sobrou nada. "Mas a pedra que feriu a estátua virou uma grande montanha, que encheu toda a terra”

Não sei se foi Marx ou Pedro Bial, (aquele que chama os beócios do BBB de "herois"), ou Faustão, ou um outro pensador, que compara o Capitalismo como a tal estátua e que também o germe da destruição deste sistema está dentro dele mesmo.

Nesta semana estamos assistindo o pavor das nações capitalistas ou dependentes delas, por uma crise pontual, gerada por uma tremenda mancada no mercado de crédito imobiliário nos EUA, estabelecendo insegurança em todo sistema financeiro do mundo. Imagine o distinto leitor e a distinta habituê deste brioque, se outros setores da economia americana também pifar ao mesmo tempo... (seria o tal germe?)

Os EUA tornaram-se uma estátua babilônica e o crescimento ou fracasso da sua economia interfere nos mercados de outros países. Só está faltando a pedrinha da história de Daniel...
E basta de ideologias.

O Sábio passará o carnaval no portão da Casa Branca, fantasiado de Bin Laden com uma bazuca que lança pedrinhas...