Na antessala do velório da Academia Brasileira de Letras,
pode-se contemplar, a partir de hoje, uma exposição sobre a Globo e Roberto
Marinho. É o fim de uma instituição que abrigou literatos brasileiros de
reconhecido talento.
Nos últimos lustros essa Casa das Letras foi conspurcada em
acolher as fardas de figuras quixotescas como o eterno político José Sarney, o
copista Paulo Coelho e pasmem... o ex presidente Fernando Henrique Cardoso. Mas
acolheu também uma figura sinistra da história jornalística brasileira, Roberto
Marinho. Não satisfeita com tal acinte contra a inteligência mediana, a ABL,
juntamente com a Globo, inaugurou hoje uma exposição em homenagem ao homem que
se aliou à ditadura militar, encobriu os crimes praticados pelo DOI-CODI, pelos
órgãos de segurança da Marinha, Exército e Aeronáutica durante o regime de exceção.
Nélida Pinõn, quem
diria... aparece na telinha do Plin Plin enaltecendo a figura do homenageado, a
destacar as obras meritórias e culturais promovidas pela Organizações Globo,
prática esta que se encontra vasta nas biografias de grandes mafiosos e também
no crime organizado que atua em favelas. O mecanismo é simples: roubam,
assaltam, cometem crimes do colarinho branco entre tantos outros e finalmente
criam uma instituição filiada para dar uma aparência de Robin Hood.
Ana Maria Machado,
presidente da ABL também lambeu as botas da Globo em entrevista, a justificar o
feio pecado de uma instituição que deveria estar acima das vaidades, do exibicionismo
e da decência.
A Academia já estava
moribunda, agora só falta fechar o caixão.