quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013


ASSIM COMO O PAPA, DEUS IRÁ RENUNCIAR

Cansado, decepcionado, revoltado e com o saco na Lua, deus está a mostrar todos os indícios de que irá renunciar, segundo fontes celestiais confiáveis.
O cansaço divino é promovido tanto pelos religiosos quanto pelos sacerdotes e pastores que são tidos como representantes do Criador. Os fiéis sobrecarregam deus com os seus mais esdrúxulos e impertinentes pedidos. 24 horas por dia, visto que pelos fusos horários sempre há povos acordados, os fiéis pedem descaradamente tudo o que precisam e que têm preguiça de conseguir por conta própria. Cura de doenças, ganhar na loteria, conseguir um emprego no Senado, vencer partida de futebol, enviar parentes falecidos para conviver junto com ele  e outras solicitações bem mais descabidas.

Deus também é convocado para ser acompanhante de pessoas. “-Vá com Deus”, “Deus te Acompanhe”. Exerce também a função de Office-boy: “Deus vai te trazer isso, aquilo, etc”,
Agora imagina: 7 bilhões de humanos pedindo, exigindo e até chantageando deus toda hora. Segundo consta ele criou o mundo em 6 dias e descansou no sétimo. Mas que sétimo? Os católicos guardam o domingo, muitas religiões evangélicas o sábado e os judeus a sexta-feira. Igrejas proliferam com as suas portas abertas durante o dia e à noite. Assim não há Jeová que aguente!
E a bajulação intermitente? Imagine caro leitor, se você fosse deus e teria que ouvir diariamente bilhões de frases bajulatórias como: Tu és divino, grandioso, o maior, o invencível, o salvador, o criador do universo, o glorioso, etc., etc. Certamente você mandaria esses puxa-sacos procurar o que fazer.

A decepção divina é por conta dos seus representantes: papas, bispos, sacerdotes, pastores, ministros, curandeiros, xamãs, milagreiros, que se sentam sobre dogmas irracionais e aproveitam para explorar os inocentes impúberes psíquicos monetariamente. Fortunas são amealhadas por líderes de igrejas, a começar pelo Vaticano até os mais fanfarrões bíblicos. O papa João Paulo I pediu aos seus sacerdotes que vendessem o ouro de suas paróquias e usassem o dinheiro para amainar a fome dos pobres. O seu reinado durou um mês... Pelos registros oficiais ele pereceu por morte “natural”, no entanto, nem um papa falecido passa pela perícia médica. “Consumatus est” e ponto final.

A revolta é compreensível. Nenhuma prova há que ele falou para toda aquela gente da bíblia, nem de outras religiões. Colocaram palavras na boca dele, certamente para enganar os fiéis como se deus tivesse adicionado no seu facebook todos aqueles patriarcas bíblicos. O mais grave é que o próprio livro tido como “sagrado” apresenta deus como autoritário, ditador, criminoso (quando ordena matar crianças, vizinhos, tribos inimigas dos judeus). Ele é também apresentado como racista (na medida em que elege o povo judeu como eleito), como escravocrata, como preconceituoso para com as mulheres e homossexuais e como profeta que não cumpre o que promete, alem de colocá-lo como ignorante ante as leis naturais, como por exemplo, que o nosso planeta é o centro do sistema solar ou que a humanidade teria sido criada há cerca de 10 mil anos tão somente.
Francamente, se eu fosse deus renunciaria ontem.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O PAPA E A HIPOCRISIA



Bento XVI declarou hoje, 13 de fevereiro, que a Igreja está contaminada pela hipocrisia da política interna. Leia-se: intrigas entre a alta cúpula do Vaticano.
O papa, no entanto, omitiu outras formas hipócritas que sustentaram o catolicismo ao longo de sua história.
Hipocritamente a Santa Sé dividiu o poder político com os nobres durante os mais de 10 séculos que durou a Idade Média, subjugando os pobres no regime de servidão. Neste período o Vaticano se cobriu de ouro e de ostentação à custa da ignorância, do sangue e suor dos pobres. A doutrina cristã exalta a humildade, desprendimento e a pobreza. Foram, pois, mais de mil anos de hipocrisia naquele período.
Hipocritamente a alta hierarquia do Vaticano se posicionou e contribuiu para o nascimento e ascensão do nazismo na Alemanha, cujo documento histórico, a “Concordata do Reich” deixa claro a atuação do catolicismo a partir de 1933 até pouco depois da Segunda Grande Guerra, a despontar neste cenário, o Papa Pio XII e até o então desconhecido padre Ratzinger que chegou a fazer parte da Juventude Nazista. O nazismo foi uma doutrina política que tinha como meta subjugar e matar judeus, ciganos e homossexuais, além de colocar os não arianos em condições de povos de segunda categoria. Assim os negros, pardos e congêneres estavam em maus lençóis. O cristianismo prega que todos humanos são filhos de deus. Hipocrisia!
Na sua exegese tudo é perfeito. Os sacerdotes e a alta hierarquia eclesiástica são representantes do Criador e herdeiros espirituais de Jesus. Na prática sempre imperou o luxo, a dominação, a exploração dos fiéis através do medo, de ameaças e da formulação de dogmas autoritários que subjugam os católicos a uma condição de ignorância filosófica. Hipocrisia!
No trono de ouro do Vaticano centenas de papas descansaram suas nádegas com os olhos voltados para o Banco do Vaticano, este por mais de uma vez acusado de crimes contra o sistema financeiro e outros que fariam corar São Pedro.