segunda-feira, 21 de março de 2011

ZONA DE EXCLUSÃO – OUTRA HIPOCRISIA MADE IN USA

versão branca de Obama

A zona de exclusão hodiernamente reverenciada pelos donos do mundo não passa de um eufemismo, um douramento da pílula. Trata-se sim de uma invasão bélica tal como em tantas outras agressões militares sem motivos diretos.

Não quero aqui entrar no mérito se Kadhafi é um ditador ou não. O fato é que uma parcela do povo líbio se rebelou contra a ditadura e isso é louvável. O que é contraditório e que toda a imprensa omite ou é conivente com a ação da ONU – leia-se EUA - não usar o mesmo critério em relação a outros países que passaram por idêntica situação, por exemplo: a China.

Até minha cadela Luma sabe que existe uma terrível ditadura chinesa a perdurar décadas. Houveram várias manifestações contra esse regime por parte do povo chinês e foram dizimadas com violência, tal como na Líbia.
Por que os americanos, franceses, ingleses não declararam “Zona de Exclusão” na China?

Nas décadas de 60 e 70 diversas ditaduras se estabeleceram na América do Sul, como no Brasil, Argentina, Chile. Essas ditaduras foram direcionadas e apoiadas pelos EUA e os que se opunham eram presos e torturados, quando não eliminados sumariamente. A usar o mesmo critério do caso Líbia, a ONU deveria ter declarado Zona de Exclusão nesses paises e atacar os seus respectivos ditadores, no entanto o que se verificou foi exatamente o contrário, a provar que a ONU é um braço político-bélico dos americanos.

Outra excrescência ONUistica é a existência de um “Conselho de Segurança”. O mesmo que o Brasil está doidinho pra entrar. Neste conselho os poderosos definem a política do mundo a seu bel prazer e o pior coloca sob seu sovaco a própria ONU, destituindo-a de sua finalidade precípua que é, em último caso, ser um poder judiciário mundial.

Observa-se também neste fato a omissão da imprensa mundial em bem analisar tais fatos e fatores. É a antiga política inglesa do big stick, agora com nuances de modernidade. O mesmo se dá com a política atômica em que a um grupinho é-lhe dado o privilégio de estourar o mundo enquanto a maioria dos países não pode sequer desenvolver a tecnologia atômica para fins pacíficos.

A realidade no pano de fundo do eufemismo da mídia e das intenções do capitalismo imperial é justamente o controle dos países árabes produtores de petróleo, não fora este, justamente, o motivo do mister Obama vir bajular o Brasil com os olhos no pré-sal.

A história é sempre escrita pelos vencedores, portanto, já escrevi demais

.