sábado, 3 de outubro de 2009

OLIM PIADAS - BRASIL NO PRIMEIRO MUNDO




Primeiro foi a Copa do Mundo para 2010 e agora as Olimpíadas em 2016.
No país da cachaça, carnaval e futebol nada poderia ter ocorrido tão auspicioso.
Pseudos heróis, políticos, atletas esquecidos todos renascem no cenário da mídia ora sorrindo, ora chorando de alegria.
Pelé o mais autêntico Macunaíma (herói sem caráter) lá estava na Dinamarca, o país das loiras que ele tanto prestigia. Preconceituoso como demonstra ser, sempre se casou com loiras e quanto a uma filha que teve com uma lavadeira, negra, ele negou até a morte (dela).
Lula e outros políticos faturando publicidade sobre o evento. O carnaval começou.

Eu fico a pensar sobre o que é mais importante: vencer as olimpíadas ou pelo menos fazer um bonito papel ou sediar a mesma?

O projeto inicial para as olimpíadas de 2016 está orçado em 28 bilhões de reais. Com metade dessa verba daria para preparar atletas em todos os Estados brasileiros nos próximos 7 anos para o Brasil ter sucesso nos resultados das competições. Cuba fez isso no passado e com muito menos dinheiro.

A cidade do Rio de Janeiro será a única beneficiada. Toda grana lá será aplicada, além da receita do turismo que tem o mesmo endereço, com alguma rebarba insignificante para outros Estados. O cartel das drogas e o crime organizado devem estar eufóricos.

Verdade seja dita: só o Brasil e a Espanha realmente disputaram a indicação para sediar as olimpíadas de 2016. O Brasil porque quer se firmar como país emergente e a Espanha porque já tem a infra-estrutura preparada e esperava faturar com o evento, eis que a maior fatia de sua economia está baseada no turismo. Nem a população de Chicago e Tóquio se empolgou com a disputa. A pesquisa da população de Chicago apontou ser ela contra sediar. A população de Tóquio se mostrou indiferente, indicativos estes que nos revelam que sediar as olimpíadas não é nada atrativo.

O sábio notou que só faltou o Sarney na cerimônia. Ele até iria não fosse um alerta de uma das suas 130 secretárias, informando-o que o senador não tinha nenhuma escritura de terras na Dinamarca, nem seu nome em praça ou prédios públicos.



Secundae res sunt vitiis obtentui. ( O sucesso serve de disfarce para os vícios).