Bento XVI declarou hoje, 13 de fevereiro, que a Igreja está
contaminada pela hipocrisia da política interna. Leia-se: intrigas entre a alta
cúpula do Vaticano.
O papa, no entanto, omitiu outras formas hipócritas que
sustentaram o catolicismo ao longo de sua história.
Hipocritamente a Santa Sé dividiu o poder político com os
nobres durante os mais de 10 séculos que durou a Idade Média, subjugando os
pobres no regime de servidão. Neste período o Vaticano se cobriu de ouro e de ostentação
à custa da ignorância, do sangue e suor dos pobres. A doutrina cristã exalta a
humildade, desprendimento e a pobreza. Foram, pois, mais de mil anos de
hipocrisia naquele período.
Hipocritamente a alta hierarquia do Vaticano se posicionou e
contribuiu para o nascimento e ascensão do nazismo na Alemanha, cujo documento
histórico, a “Concordata do Reich” deixa claro a atuação do catolicismo a
partir de 1933 até pouco depois da Segunda Grande Guerra, a despontar neste
cenário, o Papa Pio XII e até o então desconhecido padre Ratzinger que chegou a
fazer parte da Juventude Nazista. O nazismo foi uma doutrina política que tinha
como meta subjugar e matar judeus, ciganos e homossexuais, além de colocar os
não arianos em condições de povos de segunda categoria. Assim os negros, pardos
e congêneres estavam em maus lençóis. O cristianismo prega que todos humanos
são filhos de deus. Hipocrisia!
Na sua exegese tudo é perfeito. Os sacerdotes e a alta
hierarquia eclesiástica são representantes do Criador e herdeiros espirituais
de Jesus. Na prática sempre imperou o luxo, a dominação, a exploração dos fiéis
através do medo, de ameaças e da formulação de dogmas autoritários que subjugam
os católicos a uma condição de ignorância filosófica. Hipocrisia!
No trono de ouro do Vaticano centenas de papas descansaram
suas nádegas com os olhos voltados para o Banco do Vaticano, este por mais de
uma vez acusado de crimes contra o sistema financeiro e outros que fariam corar
São Pedro.