domingo, 13 de março de 2011

JESUS DE NAZARÉ - BRAVATA II - Bento XVI

O papa Bento XVI lançou o segundo volume do livro JESUS DE NAZARÉ em meio de uma espetacular mídia, a tentar alcançar vendagem expressiva entre os cristãos, principalmente os mais analfabetos funcionais, eis que o referido livro não passa de um "Almanaque biotônico Fontoura" que exalta o cristianismo, agride a historicidade e homenageia a ignorância.

Em um dos trechos da obra, Bento afirma que Jesus separou a política da religião. "Com seu anúncio, Jesus realizou uma separação da dimensão religiosa e da política, uma separação que mudou o mundo".
Até posso concordar com essa afirmação, no entanto, o papa não é fiel à história quando omite que apesar de Jesus ter separado a religião da política, foi justamente a igreja católica que uniu esses dois segmentos , principalmente durante os mais de mil anos da Idade Média, onde o poder político das nações era dividido entre o Vaticano e a nobreza e que só após o movimento iluminista e a revolução francesa começou a haver a separação do Estado e Religião, aliás muito a contragosto do catolicismo.

Em outro trecho ele escreve: "Hoje o barco da Igreja, com vento contrário da história, navega através do oceano agitado pelas condições climáticas. Muitas vezes se tem a impressão de que ele está afundando. Mas o Senhor está presente e aparece no momento oportuno".

O tal barco navega a contrariar a história desde os primórdios do cristianismo, pois a história se assenta em fatos verídicos e documentalmente comprovados, enquanto que a tradição católica é permeada por falsificações, adulterações, lendas pueris e engodos, que fundamentaram todo corpo doutrinário/teológico, e como tal falso.

Bento XVI também ainda se atreve a incorrer num outro engodo, quando afirma que pretende escrever um outro livro sobre a infância de Jesus. É muita pretensão ou ele está esclerosado mesmo. A própria existência de Jesus é contestada por muitos historiadores, justamente por falta de documentação histórica ou mesmo pela omissão de seu nome pelos historiadores de sua época, que dirá então, a sua infância que a própria bíblia - apesar de ser um livro historicamente não recomendável – nem relata a infância de Jesus.

Até o título do livro é infeliz, eis que Jesus nunca foi de Nazaré. Ele nasceu em Belém e a cidade de Nazaré, ao seu tempo, sequer existia, conforme foi comprovado recentemente por pesquisas arqueológicas.

O livro do papa é mais uma bravata, das muitas que circulam para tentar sustentar o maior império do poder e da escravidão, estabelecido no mundo ocidental que é o cristianismo dogmático.

A continuar com esses escritos apócrifos, não é de se duvidar que Jesus abaixe no Vaticano e diga ao Bentinho: “Menos...menos...” .
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