sexta-feira, 1 de agosto de 2008

OLIMPÍADAS E A COVARDIA DAS NAÇÕES

Dalai-Lama no exílio tenta manter a defesa da integridade de seu povo há décadas


O planeta está tão mercantilizado que estou a sentir saudades do nefasto período da disputa entre o capitalismo selvagem e o socialismo ditatorial, a “Guerra Fria”, protagonizados pelos EUA e União Soviética, após a Segunda Guerra Mundial. Em meio da bestialidade polarizada para a conquista, subordinação dos países outros, havia um lapso de coerência, quando das realizações dos Jogos Olímpicos. Quando a sede foi nos EUA a União Soviética boicotou não comparecendo e vice versa.
Nos Jogos de 1980 em Moscou, 65 paises pressionados pela política do presidente americano, o comedor de amendoim, Jimmy Carter, não compareceram. Por outro lado os russos boicotaram os jogos em Atlanta – EUA em 1996.

Os jogos de Pequim sofreram ameaças de inúmeros paises em boicotá-los. O motivo, o regime de escravidão imposta pelos chineses ao Tibet, desde a invasão que se deu naquele país desde 1950, sendo anexado à China nove anos depois. Lembro, a propósito, que a civilização tibetana existe há cerca de 2.100 anos. Povo pacífico, espiritualizado. Seus mosteiros ao longo da cordilheira do Himalaia influenciaram o esoterismo no mundo, inclusive no Ocidente. Erroneamente atribuem-se à designação de “Teto do Mundo”, pelo país possuir enormes picos e montanhas ao longo da cordilheira. Na realidade essa adjetivação diz respeito ao conhecimento esotérico ali desenvolvido, através do lamaismo e da série de budas-vivos, os dalai-lamas.

Hipocritamente os paises do planeta diante do mais recente episódio do massacre imposto pela China ao Tibet, alardearam na mídia em defesa do desprotegido. Na coxia, covardemente, entre plumas e paetês, estão lá em Pequim a prestigiar os Jogos, inclusive o Brasil.

Vale a lembrança de que na Grécia antiga, por ocasião dos jogos olímpicos, havia pactos para cessarem todas as guerras. De lá pra cá substituíram acordos de paz por VAMOS FAZER DE CONTA QUE TUDO VAI BEM NO MELHOR DOS MUNDOS, tal como diria o personagem de Voltaire, “Cândido, o otimista”.

Ó tempora, ó mores !!!