terça-feira, 29 de janeiro de 2008

CARNAVAL - Volta das Marchinhas?


O Carnaval começou com os gregos no séc. XII a.C. Depois esta festa tradicional ganhou o império Romano e com o cristianismo até a Igreja Católica adotou-o em 590 d.C, para depois condená-lo. Só em 1545, no Concílio de Trento, que o Carnaval é reconhecido como uma manifestação popular de rua pela Igreja. Os portugueses trouxeram-no para o Brasil no século XVIII e consistia apenas em brincadeiras de uns a jogar água em outros. Talvez porque os europeus corriam dos banhos. D. João VI banhava-se, quando muito, uma vez por ano. Ano bisexto (rs rs rs). Em 1855 surgiram os primeiros grandes clubes carnavalescos. No início século XX, já havia diversos cordões e blocos, que desfilavam pela cidade durante o Carnaval. A primeira escola de samba foi fundada em 1928 no bairro do Estácio e se chamava "Deixa Falar".

Falando nisso, os carnavais eram na base musical de "marchinhas". Essas músicas eram tocadas no ano todo e se tornaram "imortais" (algumas), como Cachaça não é Água Não, Cabeleira do Zezé, Meu Coração é Corintiano (affffeee), Pierrot e Colombina, entre outras. Depois do predomínio dos desfiles das escolas de samba, não houve mais marchinhas e acabou a renovação das chamadas músicas carnavalescas na memória popular, mesmo porque são tantos os sambas e quase todos semelhantes, que o povão não grava nada. O enfoque mais acentuado tão somente nos desfiles, acabaram com o carnaval espontâneo das ruas do Rio e de São Paulo. Ganhou com isso o NOrdeste que não tem essas frescuras para atrair turistas e nem para as TVs faturarem.


Vi, semana passada, numa telinha da TV, um programa de concurso de marchinhas. Será que voltará? Elas são mais compassadas, mais adequadas às longas noites carnavalescas, além das suas letras eivadas de humor e irreverência, ou mesmo sentimentalismo: "Quanto riso oh! Quanta alegria, mais de mil palhaços no salão..." . Tal como dizia Stanislau Ponte Preta, os sambas pós desfiles, são todos de "Crioulos doidos", pois como têem que se ajustar aos temas apresentados pelas Escolas, viram um desastre póético.