domingo, 28 de outubro de 2007

A PERIFERIA GANHA PERSONALIDADE II


Essa postagem grilou muitas cabeças eu sei, mas continuo no sentido de me fazer entender melhor.
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Bem lembrou a fluminense Clara, que é menguista, portanto, nem prestigia o Flu, sobre a série Antonias da Globo. Antes houve também a minisérie Cidade de Deus. Essas produções ratificam o que escrevi no post anterior.
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O que eu percebo é diversidade da cultura que, tradicionalmente sempre foi, de certa forma, elitista sem pretender ser exclusivista, eis que a única forma aceitável de se estabelecer diferença entre os humanos é pelo seu grau de evolução, pois esse processo se dá pela vontade, pela atuação individual e está, democraticamente ao alcance de todos.
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Esperamos que essa cultura periférica se processe de forma a integrar mais o povo brasileiro, tal como certamente defenderia Darcy Ribeiro, nosso maior ufanista, visto que a experiência do mesmo processo nos EUA, resultou numa outra forma de preconceito: um revide histórico do "black is beautiful" dos anos 60, para "black is the best" da contemporaneidade.
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Analisando essa perpectiva temos em resumo: positivamente, a expansão da cultura alcançando uma população dantes alienada de todo processo de criação artística e sócio-filosófica, capaz de redirecioná-la a um mundo diverso da marginalidade histórica a que foi submetida, como orfã da economia nacional e preconceituosamente discriminada, ganhando espaço e condições evolutivas; negativamente se estabelecer muros ou compartimentos estamentais capazes de gerar além do conflito, uma apologia ao senso comum nivelado por baixo.