terça-feira, 31 de julho de 2007

OS FINALMENTES...BERGMAN E ANTONIONI

< Antonioni
Bergman
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
O mundo acabou na década de 70, segundo o Sábio do Cerrado e conclui: "estamos cumprindo apenas os finalmentes"
.
Morte determina o "The End" de dois gênios do cinema: Bergman e Antonioni. O Século que viu esses dois cineastas, viu também Chaplin e Fellini. Isso basta!
.
Antonioni: “As Amigas” (1954), “O Grito” (1957), “A Noite” (1960), “O Eclipse” (1962) e “Deserto Vermelho” (1964). “A Dama sem Camélias” (1953), “Os Vencidos” (1953) e “Identificação de uma Mulher” (1982). “A Aventura” (1960), (primeiro filme de Antonioni premiado em Cannes). Michelangelo ganhou a Palma de Ouro em Cannes em 1967 por "Blow-up". Seu cinema, marcado pela obsessão da imagem e a busca de uma linguagem formal e estética, com cenas longas e lentas, servia, na realidade, para indagar o interior de suas personagens, num espaço inigmático. Era o "cineasta da angústia existencial"
.
Bergman lançou uma lúz sobre a cultura ocidental. A alegria e a beleza que fez chegar até nós, somente poderão ser justamente avaliadas nos confins da eternidade. Filmes como "Vergonha", "Sorrisos de uma Noite de Verão", "Gritos e Sussurros" e, particularmente, "Fanny e Alexander" não são simplesmente filmes. São "a coisa" em si.
Desses 4 cineastas, Bergman talvez foi menos divino, o mais humano. E trouxe a alma para o cinema.

Charles Chaplin,
foi o grande pioneiro da Sétima Arte, um gênio!. Fellini atravessava com sua câmera as paredes finas do real e filmava o transcendente.
.
Ah! me esqueci do Renan Calheiros. Pena que queimaram o filme dele !!!










4 comentários:

Requerí disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Requerí disse...

"calma e pacificamente" anunciou eva bergman, sobre sua morte.

ele prostrou-se em silêncio esperando que ela viesse, tal seu temor ... "quando eu era jovem, tinha um medo extremo de morrer. mas agora penso que ela faz parte de um arranjo muito, muito sábio. é como uma luz que se extingue. nada que justifique uma agitação."
mais de 40 filmes ... muitos deles enfocaram a morte, sua maior angústia ...
calma e pacificamente, o cineasta de mulheres, proporcionou seus mais belos papéis a maj britt nilsson, harriet andersson, eva dahlbeck, ulla jacobsson e liv ullmann. casou-se 5 vezes, teve 9 filhos.
era, fundamentalmente, um homem do teatro mas o cinema era sua vida ... "fazer filmes é para mim um instinto, uma necessidade como comer, beber ou amar."
seu pessimismo é como um grito desesperado pela vida ... "a vida é breve, longa é a arte."
"o sétimo selo" de 1957, é o mais belo e o meu preferido. provo com um trecho:
- É um inferno com as mulheres, e pior sem elas. A melhor coisa é matá-las enquanto se pode.
- Mulheres são inoportunas e insensíveis.
- Bebês e fraldas sujas.
- Unhas e palavras afiadas.
- Tapas, socos e uma sogra.
- E quando você quer dormir...
- Outra melodia.
- Lágrimas e gemidos que acordariam um morto.
- "Por que você não me dá um beijo de boa noite?"
- "Por que você não canta?"
- "Você não me ama mais como antes". "Você não notou a minha mudança". "Você apenas virou-se e cantou". Diabos! Agora ela se foi, seja grato.

(...)

- Talvez eu a ame.
- Talvez você a ame. Vou dizer-lhe uma coisa idiota, amor é uma palavra para luxúria, mais luxúria, trapaça, falsidade e comportamentos idiotas.
- Bem, mas isso machuca de qualquer maneira.
- O amor é a mais negra das pestes, mas ninguém morre de amor, e quase sempre passa.
- O meu não passa.
- É claro que passa. Raramente um par de idiotas morre de amor. Se tudo é imperfeito nesse mundo imperfeito então o amor é perfeito nessa perfeita imperfeição.
- Que animador. Toda essa conversa e você acredita nas suas tolices.
- Quem disse que eu acredito? Sou um sábio. Peça meu conselho e terá em dobro.

tudo isso pra dizer que, "o sétimo selo" está para bergman, assim como eu estou pra você. a perfeição da equivalência. bj.

Anônimo disse...

Sabio !!!

Você falou o meu pensamento !!!

O mundo acabou nos anos 70 !!!
Depois disto encontramos: uma música bonita ... um livro inesquecível ... um belo filme ... uma peça emocinante , etc , etc ...
mas uma obra consistente, sempre renovadora e desafiante, ao mesmo tempo com a marca forte do autor, personalizada .... tá difícil ...

Beijo.
Bela

Requerí disse...

nunca mais michelangelo antonioni

um de cada vez. afinal, dá um tempo, eu não sou de ferro ...
detonaram os meus abundantes, floridos e brilhantes anos dourados, em parcas 24 horas.
morreu, michelangelo antonioni que me deu "blow up - depois daquele beijo", o filme que explodiu meu coração beirando os 20 anos. um privilégio ter vivido mais isso, além de tudo que me foi dado viver.
nem sei se eu compreendi, naquele momento, o absoluto daquela orgia cheia de diálogos corrosivos, cenas longas, lentas, quase mudas. o que eu sei é que assisti, extasiada, a genialidade de antonioni, que captou a história daquele tempo abarrotado, repleto de transformações e conseguiu traduzir tudo em inesquecíveis imagens.
os anos 60 não teriam sido como foram, se não fosse o filme do último beijo ... se não fosse aquela dança, aquele parque ... filme explicado cena por cena, por alguém mais sabido - na vida de cada garota, sempre havia um cara daqueles que conseguia explicar o filme, pra levá-la ao cinema.
bergman e antonionni fizeram isso com as cabeças dos jovens daqueles anos. o filme continuava depois, nas discussões que só os anos 60 conheceram.
agora, o que me resta, é me virar sem ele e sem ernst ingmar bergman.
fazer o quê???

como se isso tudo não bastasse, "blow up - depois daquele beijo" tem show de rock indoor dos Yardbirds, no qual jimmy page e jeff beck, quase bebês, tocam lado a lado.
é ver pra crer.
(esse trecho tem no meu rebloggando ... vai ver)

não sei ser curta e grossa dizendo cinema. beijo.