domingo, 27 de abril de 2008

DE CAPRI, O HERÓI DOS ARES


O Padre baloneiro tinha mesmo que ir
Como não era nenhum astro Leonardo
Nem Pepino de Capri, somente Adelir
Tentou se livrar desse mal pesado fardo

Do destino de permanecer ignorado
De só rezar missa todo santo dia
De seu porte um bocado estragado
Da mesma rotina da santa liturgia

Assim para aparecer no Fantástico
Amarrou-se a mil balões de borracha
Inúmeros cordões e fios de plástico
Capacete de moto, colete e bombacha

Coisa de espantar até ET de Varginha
Telefone celular com carga pouca
GPS que dele nem sabia uma linha
Subiu então numa empreitada louca

Ao invés de descer na cidade determinada
Aquela que havia por ano a fio planejado
Foi ter com tubarões com fome acelerada
O padre foi comido nos balões amarrado

Assim no céu chegou todo fantasiado.
São Pedro vendo aquela cena ridícula
Decretou, de pronto, um longo feriado
Filmou o padre pra fazer uma película

O nome do filme, não poderia ser diferente
Foi legendado como: E O VENTO LEVOU...
Assim Adelir de Capri, o padre boa gente,
A glória e a fama, finalmente ele encontrou !

Na terra ficaram fieis com muita saudade
Desse padre beato um tanto sem juízo
Quem não gostou foi o Lula, que maldade!
Na busca mais meio milhão de prejuízo!!!

5 comentários:

Anônimo disse...

KKKKK.....

Um Padre lelé da cuca ... e um Sábio de cuca feita ... Genial !!!

( recebi um email com o Padre pendurado nos balões caindo no cenário de LOST e o título " Mais um brasileiro em Lost " ... que maldade...rsss)

Beijo de boa Semana .

Bela

regina claudia brandão disse...

um dos mais belos filmes que já cruzaram meu caminho são dois: um curta de 1956, le ballon rouge, do diretor albert lamorisse que deu inspiração para o mais recente, e que tive a alegria de assistir na última mostra internacional, a de 2007, le voyage du ballon rouge, um longa dirigido por hsiao-hsien hou.

por ocasião da mostra, outubro/novembro do ano passado, dedilhei sobre eles no rebloggando mas posso repetir, bientôt ... bientôt, aproveitando para contar, à mes lecteurs, que o filme já está nas locadoras.

ambos tratam dos sonhos de um garoto, no primeiro, o filho do próprio directeur, lamorisse e, no segundo, hsiao-hsien hou cria uma personagem inspirada nele.
o mote de ambos os filmes, é o garoto criar uma ligação imaginária com um balão vermelho, comm'ami et confident para fugir das situações que lhe causam insegurança, por exemplo, a mãe consumida por seu trabalho como empresária de show de marionnettes.
não há dúvida sobre a simbologia dos balões no imaginário humano, bípede e desprovido de asas.
muitas são as obras cinematográficas cujas personagens, penduradas em balões ou fazendo uso de artifícios que os substituam, levam o espectador em vôos incríveis, como cúmplice na busca de liberdade.
de médico, ave e louco, todos têm um pouco ... rs ...
dans le cinéma comme dans la vie.

vivos
os balões
vão pro céu
mas quando eles morrem
pra onde vão?

não vão. voam
são
continuam
nos seus pulmões ...

é isso. bj bj bj bj.
rê.

ah! impressionante a falta de energia no campinho. apagou tudo.

regina claudia brandão disse...

http://www.youtube.com/v/BHekCJdQUHE&hl=pt-br&rel=0&color1=0x5d1719&color2=0xcd311b&border=1

regina claudia brandão disse...

no comentário anterior lembrei de mostrar um filme ... harold and maude ... que eu pensei, faz tempo que não assisto, ter uma cena de vôo humano ...

regina claudia brandão disse...

ah! outra coisa ... essa é a mais nova agregada de um dos meus arquivos, the lyrics by ac.