segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

FICHA LIMPA – HISTÓRIA SUJA


A decisão do STF considerando a Lei da Ficha Limpa como constitucional foi um golpe que nocauteou muitos políticos sujos, verdadeiros bandidos que saquearam o erário público ou ainda utilizavam-se de artifícios desonestos para se elegerem. Mais que isso, a Lei aponta para o começo da moralização da política.

O Congresso Nacional, por décadas, jogou sob o tapete inúmeros projetos de lei que objetivavam um maior controle de conduta dos parlamentares e candidatos. Foi necessária a pressão popular, principalmente através da internet para que uma lei reguladora fosse aprovada.
A contagem de 7x4 a favor da aprovação da referida Lei, aponta também para a estranha posição de quatro ministros que tentaram justificar ser ilegal ou inconstitucional a lei em questão. Se 7 ministros concordaram ser normal e válida por que 4 não tiveram a mesma posição?

Observamos que a muitos ministros, embora respeitáveis e diligentes, faltam-lhes a sabedoria que coloca a justiça acima de qualquer ingerência processual ou mesmo da elaboração jurídica com seus cânones acadêmicos. O bom senso dos 7 ministros salvou o STF do maior vexame da história desse tribunal, que poderia ter ocorrido caso a lei fosse considerada inconstitucional.  Seria a falência do judiciário brasileiro e a oficialização do estado de direito da malandragem.

A história política brasileira caminhou sempre pelas vias da esperteza, da corrupção e da demagogia barata, onde o eleitor também sempre foi um coadjuvante ativo. O exemplo deve vir de cima, conforme recomenda o bom andamento da inteligência. Espera-se que agora o eleitor também faça uma reciclagem em sua caixa craniana e passe a fiscalizar seus representantes e votar com consciência.
A vigência da lei é um começo. A corrupção não foi extinta mas o primeiro passo foi dado.

Aos 4 ministros que vislumbraram inconstitucionalidade na lei caminharam na contra-mão da história e certamente suas posições como membros da suprema corte brasileira está sendo, no mínimo, questionada.
Termino com as palavras do probo ministro Carlos Ayres Britto, na justificativa de seu voto: "Uma pessoa que desfila pela passarela quase inteira do Código Penal, ou da Lei de Improbidade Administrativa, pode se apresentar como candidato?". “Constituição Federal tinha de ser dura no combate à improbidade porque o Brasil não tem uma história boa nesse campo. “A nossa tradição é péssima em matéria de respeito ao erário". "Essa lei é fruto do cansaço, da saturação do povo com os maus tratos infligidos à coisa pública."
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Um comentário:

Solange disse...

Gostei, não é novidade, vc escreve do jeito que eu entendo, estou aqui nsempre.
Archie, colei na sua pág do ORKUT uma colagem sua com seu neto (lindos os dois), fui até lá ver se vc gostou, """ Aprovação pendente """ eu continuo boba...