domingo, 28 de junho de 2009

MICHAEL JACKSON E O MITO AMERICANO DA MORTE PREMATURA

M.Jackson - white is beautiful

Os americanos USAienses inventaram a mídia moderna. Beneficiados com as duas grandes catástrofes das guerras mundiais de 1914 e 1939, que abalaram os alicerces do Velho Mundo, até então detentor dos avanços civilizatórios, eles se arvoraram em modelo homo-sapiens-científucus of the word. O resto é homus quase cavernus.

No vácuo entre as duas grandes guerras, os americanos inventaram os super-heróis. Ora, toda civilização dominante têm que ter os seus mitos. Os gregos desenvolveram uma rica mitologia onde não faltavam deuses, semi-deuses e heróis. Os romanos copiaram a mitologia grega, os franceses na pós renascença criaram o Enciclopedismo, um movimento de intelectuais que pretendia se apoderar de todo conhecimento do universo, como se isso fosse possível e como se não houvesse constante evolução. Enfim, todo grande império tem que ter seus deuses.
Assim os americanos inventaram o superman, o capitão marvel, o homem aranha e mais algumas dúzias de fenômenos com super poder capazes de defender o planeta até contra invasões extraterrestres. No entanto isso atraia mais a infância e adolescência e para ganhar a mídia entre adultos, os americanos transformaram viventes em superstar, tendo como pano de fundo o cinema. Assim surgiram as divas e os “divos” das telas ajudando o mundo a idolatrar os EUA. Muitos desses astros e atrizes eram medíocres ou canastrões. Mas isso não importa. O importante é vender a imagem e estabelecer um apagão cultural no nosso chamado mundo ocidental e claro, vender o seu peixe. Marilyn Monroe, apenas para citar um exemplo, era de uma beleza física estonteante que contrastava com sua canastrice como atriz. Até hoje ela é símbolo do cinema americano, tal como James Dean e outros. (ambos morreram dramaticamente).

O herói não pode envelhecer. Não há registro do supeman da terceira idade. Assim também aos da vida real que envelhecem, (claro), são encaminhados ao panteon do esquecimento. O herói tem que morrer na plenitude de seu vigor físico. Assim foram Marilyn, Dean , Elvis Presley e agora Michael Jackson. O faturamento continua...

Michael tinha talento, talvez mais como bailarino que cantor. Sua voz de mocinha adolescente com TPM, apesar de afinadinha, não chegava aos pés da voz similar do afinadíssimo Johnny Mathis que gravou mais de 100 álbuns de muito bom gosto, ou na voz aveludada de Nat King Cole ou até Bob Dylan para ficar só no mercado americano.

Michael Jackson foi fruto da idade do clipe com produção cinematográfica milionária, bem ao gosto da juventude dos anos 80 e 90. E o mais importante: faleceu aos 50 anos ainda com rostinho jovem de mocinha incompreendida. Negou a origem de sua raça, mas isso foi bem escamoteado pela mídia. Vai continuar por um bom tempo no panteon da mitologia pós nave espacial que assola o planeta

Um comentário:

Anônimo disse...

Querido Sábio

Concordo com a sua abordagem sobre a imagem do "ídolo" americano, seja em que área for, que nos é passado como "super". Deste modo, os EEUU exportam
sua cultura, estilo de vida e pensamento ao mundo ocidental ( provocando o distanciamento ou mesmo massacrando a cultura regional) ...e com a globalização, o oriente e todos os cantões do mundo seguem o mesmo caminho....

Entretanto ... sabidamente submetida a esta exposição cotidiana rss ... acho o Michael Jackson um bom artista ... sua vóz doce ( principalmente quando era pequeno ) ..e sua coreografia muito boa ... a gente ( eu ) não cansa de ver ... é uma pena sua morte.

Beijo
Bela