A instituição fundada por Machado de Assis, Olavo Bilac, Graça Aranha, Joaquim Nabuco, Teixeira de Melo, Visconde de Taunay e Rui Barbosa, que acolheu as mais altas autoridades da literatura e do pensamento brasileiro durante o século XX e os últimos anos anteriores, encontra-se em crise de identidade, nesses primeiros anos do terceiro milênio.
Após admitir entre seus componentes figuras que honraram e dignificaram a pátria brasileira e ter a auréola da mais prístina luz da inteligência nacional, hoje é uma mera bazófia humana, a abrigar no mesmo teto dos antigos imortais, nas mesmas cadeiras de insignes literatos, personagens intelectualmente questionáveis, como o político José Sarney e o “fazedor de livros” Paulo Coelho.
Evidente que entre os 40 membros, a maioria é merecedora de ocupar o panteon sagrado das letras brasileiras. No entanto, foi essa mesma maioria, juntamente com os execrados do idioma pátrio, que outorgaram, recentemente, a Medalha Machado de Assis, a mais importante comenda da Academia, ao jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho, cujo mérito reconhecido é de ter a capacidade de assinar o seu nome nos contratos milionários que firma e quando dá um autógrafo a uma amouca “maria chuteira”.
No andar da carruagem, ora com rodas quadradas, da Academia, por certo, os próximos agraciados com tal “distinção” e “mérito” deverão ser personalidades como a Xuxa, Hebe Camargo, Faustão, Tiririca e Fernandinho Beira-Mar.
Particularmente eu não acredito em final de mundo, mas sim em final de ciclo. Um dos sintomas mais determinantes que acusam um “final dos tempos” é o declínio das instituições, que provoca as inversões de valores, alija a meritocracia e impõe a mediocracia, tal como verifica-se no âmbito da política, dos meios de comunicação, nas entidades educacionais, na música e na cultura de maneira geral.
O mundo da meritocracia acabou na década de 70. Estamos a cumprir tão somente os éditos do senhor tempo, que nos impele a aceitar a decadência institucional como fator de sobrevivência e a promover de forma aceitável o cortejo funerário da dignidade humana.
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5 comentários:
Ó tempora, ó mores!
Ó tempora, ó mores!
De certe, há uma inversão de valores e uma contraditória opinião institucional; não conseguem envolverem-se os academicos em projetos significativos.
Ocupam-se os literatos mais do que a conta, e não conseguem, viver o Brasil que clama, esquartejado pelos privilégios nababescos de uma sociedade banal.
Bela postagem.
Marcelo Portuária
Visite: alfarrabiosdeoutrora.blogspot.com
cidadaniadoscapitais.blogspot.com
Sem comentários ....
Fala sério ....
Colo aqui uma postagem do Twitter do dia " Ronaldinho Gaúcho e a literatura? Só mesmo em campo, quando “tira de letra” (@thakiri)"
Beijo Bela
( kd vc ??? )
PORQUE O BRASIL ESTÁ DESSE JEITO
Um sujeito comprou uma geladeira nova e pra se livrar da velha, colocou-a em frente à casa com o aviso: "De graça. Se quiser, pode levar".
A geladeira ficou três dias, sem receber um olhar dos passantes.
Ele chegou à conclusão que as pessoas não acreditavam na oferta.
Parecia bom demais pra ser verdade, e ele mudou o aviso: "Geladeira à venda por R$ 50,00".
No dia seguinte, ela tinha sido roubada!
Cuidado! Esse tipo de gente vota!
Olhando uma casa para alugar, meu irmão perguntou à corretora de imóveis de que lado era o Norte, porque não queria que o sol o acordasse todas as manhãs.
A corretora perguntou: "O sol nasce no norte?".
Quando meu irmão explicou que o sol nasce no Leste (aliás, há um bom tempo isso acontece), ela disse:
"Eu não me mantenho atualizada a respeito desse tipo de coisa".
Ela também vota!
Essa é a melhor !!!!!!
Saí com uma amiga e vimos uma mulher com um aro no nariz, atrelado a um brinco, por meio de uma corrente.
Minha amiga disse: "Será que a corrente não dá um puxão a cada vez que ela vira a cabeça?".
Expliquei que o nariz e a orelha de uma pessoa permanecem à mesma distância, independente da pessoa virar a cabeça ou não.
Minha amiga também vota!
Onde andas meu menino....saudadinha!
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